Muito Obrigado Pela Visita e espero que goste do texto.

A História do Lilinho...


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A muito tempo que não venho aqui escrever no blog, talvez pela minha correria com trabalho, faculdade e família, para vocês terem uma noção a ultima vez que eu vim aqui escrever foi Outubro do ano passado e um texto bem interessante sobre a ousadia de Deus criar Alisson Becker e Rodrigo Hilbert rsrsrs, pois bem hoje eu não venho aqui escrever nada de muito engraçado, mas apenas recordar de um comercial que sempre que vejo fico com os olhos marejados e emocionado, talvez vocês não devam lembrar, mas é um comercial da Panvel onde conta a história do peixinho lilinho, bem vou tentar resumir a historia aqui para depois dar meu ponto de vista e escrever um pouco sobre o que eu penso todas vez que eu vejo essa propaganda.


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O comercial começa com uma menina e seu peixinho no aquário, pela manha ela acorda e fala para os seus pais que o seu peixinho estava dormindo de cabeça para cima, naquele momento os pais da menina não contaram para ela o que realmente aconteceu com o peixinho dourado dela, eles fizeram algo que eu queria que tivessem feito comigo quando eu pela primeira vez fui apresentado a morte, ninguém fez nada para intervir, não tive uma orientação ela simplesmente entrou na minha casa, invadiu como se fosse o seu lugar e ali ela passou rondando por um bom tempo. Na historia do lilinho do peixinho da menina do comercial os pais dela escreveram uma carta para a menina, mesmo ela não sabendo ler, para que quando ela soubesse ler ela pudesse aprender a evitar certas situações difíceis que a vida pudesse apresentar para ela, no comercial eles escrevem na carta que o aquele peixe no aquário não era o lilinho era um outro igual e o medo que eles tinham no momento era de que a menina pudesse perceber a diferença do peixe, mas nada disso felizmente aconteceu, ela não percebeu a mudança do peixinho e os seus pais conseguiram que ela tão pequena e tão inocente fosse apresentada para a morte.

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A primeira vez que me deparei com a morte, eu estava em casa dormindo, deveria ter por volta de uns 6 ou 8 anos mais ou menos, minha mãe foi acordada no meio da madrugada por uma pessoa que eu não sei exatamente quem era, eu meio assutado acordei junto e quando vi, estavam entrando algumas pessoas com uma caixão grande, eu não sabia exatamente o que era aquilo, pra mim era só uma grande cama suspensa, lembro bem como se fosse hoje eu de pijama na beira daquele grande caixão perguntei para minha mãe o que a vó estava fazendo ali dormindo, ela não me respondeu e naquele momento fui apresentado para a morte da pior maneira possível, perdendo a minha vó. Alguns anos mais tarde fui apresentado para a morte de uma forma bem diferente, com a perda de meu tio Nilton que para mim era como um pai, perdi ele ao vivo, eu vi a sua morte eu fui de vez apresentado para ela e ela se apresentou para mim, não consigo lidar com essa situação, não queria ter que entender porque as pessoas ou porque perdemos as pessoas que amamos ? 
Se existe realmente um trauma na minha vida foi a ausência de alguém para me impedir de ser apresentado para a morte de tal forma como eu fui, ela simplesmente foi jogada no meu colo, colocada no meu prato fria, ruim e eu tive que engolir sem me perguntarem se eu aceitava ou não.



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Bem desculpem pelo texto pesado, mas é que me veio essa lembrança na cabeça agora, espero poder voltar aqui e escrever textos mais suaves e legais e não textos tão tristes assim, mas é que isso realmente me deixa muito triste e é uma ferida que eu vou levar comigo para o resto da vida. logo abaixo vou postar a historia do lilinho para quem quiser ver no youtube, coloca na pesquisa a historia do lilinho é emocionante a história, para quem tem filho vai ser um grande aprendizado.


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A morte do Lilinho

Querida filha, só estou escrevendo esse texto porque você ainda não sabe ler. Do contrário, eu não escreveria. É que você ia ficar bem chateada em saber que o seu peixe, o Lilinho, morreu.

De modo que aquele que está no seu aquário agora é bem parecido, mas não é o Lilinho. Sua mãe – as mães são assim -, sem que você soubesse, resolveu comprar outro e por no lugar dele. Foi uma coisa bem rápida, filha: você acordou, contou que o Lilinho estava dormindo de maneira estranha, “de cabeça para baixo” e logo vimos o tamanho do problema.


Foi então que tivemos que decidir entre contar a verdade ou driblar o destino. Deixar que essa fatalidade tomasse conta do seu coraçãozinho em formação ou desafiar as possíveis consequências de uma mentira como essa. E se você notasse? E se você viesse a perceber a diferença de tamanho? Ou pior, se descobrisse uma nadadeira a menos?


Ainda bem que nada disso aconteceu. Ainda bem, minha filha. Seus pais conseguiram adiar minimamente esse sentimento terrível que a perda dá. Fatalidades não são algo que crianças tem que saber. Crianças, aliás, não deveriam saber de nada ruim – somente que os peixes nadam, que os passarinhos voam, e que os avôs avoam.

Por isso mesmo é que estou aqui, contando essa história. Para que você um dia saiba que a sua mãe e o seu pai interferiram no circuito; e deixaram ele menos curto. Fica então uma dica pra você, sempre que possível, interfere: nada precisa ser como é.

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